Sobre blocks e trolls jul06

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Sobre blocks e trolls

Ae!

Desde que entrei no Twitter passei por várias “fases de block” e achei interessante dividir isso com a galera até pras pessoas entenderem como eu cheguei na política de “tolerância -3″ dos meus blocks de hoje em dia.

 

1ª fase: “Lucas paz e amor”

Quando entrei no Twitter a ideia era ignorar 100% os trolls e deixar eles esperneando. Na verdade, essa é a melhor (e única!) arma contra os trolls, pois por definição o que eles mais querem é instigar algum tipo de reação ou intriga.

Muito rapidamente vi que era praticamente impossível pra um cara como eu ignorar totalmente, dado que poucas coisas me irritam mais do que ser mal interpretado. Aí a gente tenta explicar, tenta conversar e só vai sendo sugado para o mundinho do troll e cedendo assim a vitória pra ele, até por que o fato do troll não entender o que você quis dizer, na maioria das vezes, se dá por um desses dois motivos: ou a pessoa simplesmente não tem capacidade de interpretação ou está propositalmente “mal-entendendo”. Ou seja, não funcionou.

Mas ainda achava que block não era eficiente, pois por mais que a partir do momento que eu bloqueasse eu ignoraria totalmente o troll, ele teria essa vitória de que por um momento eu saberia quem ele é, e isso é tudo que um troll quer/precisa.

 

2ª fase: “Rick Roll”"

Essa ainda é minha fase favorita. Ainda querendo evitar os blocks, passei a responder os trolls com um Rick Roll. Olha, a fúria dos trolls foi grande. Chegou até a sair no Ego que eu tinha mandado vírus pras pessoas, pois pelo visto pouca gente que me seguia na época já tinha ouvido falar nisso. Se tem dúvidas sobre o que é, joga no Google. Foi divertido e ainda hoje muito esporadicamente algum troll especial recebe esta singela homenagem, mas isso não resolvia o problema.

 

3ª fase: “Abstrato”

Essa também foi uma bela fase. Sempre que alguém me mandava alguma trollada eu respondia com a coisa mais abstrata que eu conseguia. Tipo “voçe e mto metido” seria respondido com um “esquistossomose”; um “quem a Çandi pença que ingana ela nem bebe çerveja nada v ela devaça” seria respondido com um “Tupanciretã”, etc.

Também me trouxe diversão, mas assim como a anterior até isso é uma espécie de “atenção”, logo só estimulava ainda mais os trolls.

 

4ª fase: “Tolerância – 3″

 

Essa é a fase atual. O Twitter me ajudou a descobrir pessoas muito legais e a conhecer melhor velhos conhecidos, o que nem sempre é algo bom. Vi que até quem é legal às vezes solta umas dignas dos piores dos trolls e isso me cansou um pouco. Por isso hoje eu evito ao máximo responder a galera simplesmente pra evitar ser feito de trouxa, dado que pessoas com as quais eu costumava trocar tweets muitas vezes já iam falar merda de mim ou da minha família pra outros tuiteiros e isso desanima.

Assim veio a política atual de tolerância -3. Funciona assim: o cara falou alguma merda muito grande, é block na hora. Simples, limpo, rápido, eficiente.

E não é um block rancoroso não, é só um block. Acho importante ressaltar é que não uso block como punição, não é isso. É simplesmente uma maneira de dizer “não, obrigado, não estou interessado no que tu tem a dizer, tu não me acrescenta nada e tua energia não melhora meu dia”. Tipo quando a gente atende telemarketing, mas com a vantagem de não ter nem que atender ou reconhecer o número no celular.

 

Outra coisa ABSURDA que leio é gente que toma block e diz que foi censurado. Sem mentira, já li gente dizendo “Fui censurado pelo @#%$&$, estamos na ditadura, é?”.

 

?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

 

Tu sabe o que é ditadura??? Tu sabe o que é censura??!?!

 

Alguém tá batendo em ti? Tu não tem pai e mãe pra te contar como foi a ditadura?

E censura?!?! Eu não estou te tirando o direito de falar o que tu quiser, só estou me dando o direito de não ouvir! :)

 

Então, tá aí. Se tu for bloqueado por mim, saiba que eu não te acho necessariamente uma pessoa ruim, só somos incompatíveis e não quero perder meio segundo da minha vida com coisas não legais.

 

Back to work!